sexta-feira, 26 de outubro de 2012

¨Enquanto você dormia¨


Esse belíssimo vídeo em “timelapse”, técnica que cria um filme feito com fotos individuais tiradas a intervalos maiores que resultam em uma imagem “acelerada”, levou três anos para ser produzido.
hypescience.com

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

A escala Bortle Dark-Sky

Johm E. Bortle fez uma escala para avaliar a escuridão do céu baseada em diversos aspectos e não apenas na magnitude limite porque esta varia muito de um observador para outro em função da sua acuidade visual e também porque uma pequena quantidade de poluição luminosa degrada muito mais a visão de objetos de céu profundo que a visão de estrela. É como se as estrelas conseguissem furar melhor a poluição luminosa, mas objetos difusos como nebulosas e galáxias desaparecem facilmente. Bortle usou sua experiência de 50 anos de observação para elaborar esta escala onde ele classifica o céu em 9 classes: NT: lembrem-se que para avaliar corretamente as condições do céu é necessário primeiro a completa adaptação ao escuro com um tempo mínimo de 30 minutos na escuridão. Nunca usar lanternas sem uma proteção vermelha (celofane ou qualquer outro material que reduza e torne vermelha a luz da lanterna). Classe 1: Excelente local de céu escuro. A luz zodiacal e a faixa zodiacal (aquela faixa que é vista na região da eclíptica) é facilmente visível se estendendo por todo céu. M48 é um objeto óbvio a olho nu (NT: M48 no texto original é: M33, que foi substituído para adaptar o texto a nossa realidade no hemisfério sul). A região da Via Láctea em Escorpião e Sagitário provocam óbvias e difusas sombras no chão (NT: !!!). A olho nu a magnitude limite fica entre 7.6 e 8.0 com esforço; a presença de Vênus ou Júpiter no céu parece degradar (perturbar) a adaptação ao escuro. O brilho da atmosfera (um brilho natural muito fraco que ocorre naturalmente até uma altura de 15° do horizonte) é bem aparente. Com um telescópio de 320 mm podemos detectar as estrelas de magnitude 17.5 com esforço, enquanto um 500 mm usado com ampliação moderada alcança mag. 19. Se você está observando em um campo gramado com árvores nas bordas seu telescópio, companheiros e automóveis são quase totalmente invisíveis. Este é o Nirvana dos observadores! Classe 2: Local tipicamente escuro. O brilho da atmosfera pode ser fracamente aparente ao longo do horizonte. M48 é ainda facilmente visível com visão direta. No inverno, a Via Láctea apresenta várias estruturas ao olho nu e suas partes mais brilhante parecem com um mármore com riscas, ao binóculo comum. A luz zodiacal ainda brilha o suficiente para provocar fracas sombras logo antes do alvorecer ou após o por-do-sol e podemos distinguir sua cor amarelada quando comparada com o brilho branco-azulado da Via Láctea. Qualquer nuvem no céu é percebida apenas como um buraco negro ou vazios no fundo estrelado. Você pode ver seu telescópio e arredores apenas vagamente exceto quando projetados contra o céu. Muitos dos aglomerados globulares Messier são objetos fáceis a olho nu. A magnitude limite a olho nu fica entre 7.1 e 7.5, com um tele 320 mm alcançamos mag. 16 ou 17. Classe 3: Céu rural. Algumas indicações de poluição luminosa são evidentes no horizonte. Nuvens parecem fracamente iluminadas nas regiões mais brilhantes do céu próximas ao horizonte mas são negras no zênite. A Via Láctea ainda apresenta estruturas complexas, aglomerados globulares como M4, M5, M15 e M22 são distinguíveis a olho nu. M48 é fácil de ver com visão periférica. A luz zodiacal é visível na primavera e outono (quando se estende por 60° sobre o horizonte depois do por-do-sol ou antes da alvorada) e sua cor é apenas perceptível. Seu telescópio é vagamente aparente a uma distância de 7 a 10 metros. O limite a olho nu fica entre as mag. 6.6 e 7.0, com um refletor 320 mm alcançamos mag. 16. Classe 4: Transição rural/suburbano. Domos de poluição luminosa são bem aparentes sobre regiões habitadas em diversas direções. A luz zodiacal é claramente evidente mas não se estende a meio caminho do zênite no começo ou fim dos crepúsculos. A Via Láctea quando acima do horizonte ainda impressiona mas faltam as estruturas mais óbvias. M48 é um objeto difícil mesmo com visão periférica detectável apenas quando estiver alta no céu. Nuvens nas direções de poluição luminosa são iluminadas levemente mas ainda são escuras no zênite. Você pode ver seu telescópio claramente à distância. A magnitude máxima a olho nu fica entre 6.1 e 6.5, um refletor 320mm usado com magnificação moderada alcança mag. 15.5. Classe 5: Céu suburbano. Somente traços da luz zodiacal é observada nas melhores noites da primavera ou outono. A Via Láctea próxima ao horizonte é muito fraca ou invisível e se apresenta bastante desbotada no zênite. As fontes de luz são evidentes em praticamente todas as direções do horizonte. Em todo ou quase todo o céu as nuvens são mais brilhantes que o próprio céu. O limite a olho nu fica entre 5.6 e 6.0, com um refletor de 320 mm alcançamos mag. 14.5 a 15. Classe 6: Céu claro suburbano. Nenhum traço da luz zodiacal pode ser visto mesmo nas melhores noites. Qualquer indício da Via Láctea só é aparente no zênite. O céu brilha num branco acinzentado até 35° acima do horizonte. Nuvens em qualquer ponto do céu aparecem bastante brilhantes. Você não tem problemas para visualizar as oculares e acessórios numa mesa auxiliar. M48 é impossível de observar sem a ajuda de um binóculo. O limite a olho nu fica em 5.5, um refletor de 320 mm com aumento moderado mostra estrelas de mag. entre 14.0 e 14.5. Classe 7: Transição suburbano/urbano. Todo o fundo do céu tem uma coloração levemente acinzentada. Fontes luminosas fortes são evidentes em todas as direções. A Via Láctea é totalmente invisível ou quase isso. Nuvens são bem luminosas. Mesmo em telescópios de tamanho moderado os objetos Messier são um pálido fantasma da realidade. A magnitude limite a olho nu está em 5.0 com esforço, um refletor 320 mm mal alcança mag. 14. Classe 8: Céu de cidade. O céu brilha cinzento ou alaranjado e você consegue ler as manchetes de jornais sem dificuldade. Só os objetos Messier mais brilhantes são detectados num telescópio de tamanho modesto. Algumas estrelas que fazem parte de constelações familiares são difíceis de ver ou estão ausentes. A olho nu vemos estrelas até mag. 4.5 no máximo se você souber para onde olhar e o limite para um refletor de 320 mm é um pouco mais de 13. Classe 9: Céu de centro de cidade. Todo o céu está fortemente iluminado mesmo no zênite. Muitas estrelas familiares que formam constelações são invisíveis e constelações fracas como Cancer e Pisces não são visíveis. Sem considerar as Pleiades nenhum objeto Messier é visível a olho nu. Os únicos objetos celestiais que proporcionam uma boa observação são a Lua, os planetas e alguns dos mais brilhantes aglomerados abertos (se você os encontrar). O limite a olho nu fica em 4.0 ou menos. Fonte: http://skyandtelescope.com/resources/darksky/article_81_1.asp

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Os Dogons e a Estrela Sirius

Sirius é a estrela mais interessante da constelação Cão Maior e é também a mais luminosa vista da Terra, por se encontrar apenas a 8,6 anos-luz do nosso sistema solar.
A estrela era conhecida pelos antigos astrónomos egípcios, assim como a sua companheira menor, Sirius B. 

Contudo, a Sirius B, uma estrela do tipo “anã branca”, só foi identificada pelos astrónomos ocidentais há pouco tempo. A sua existência foi comprovada pela primeira vez por F.W. Bessel em 1844, em Konigsberg, na Alemanha.
A tribo Dogon, do Mali, que vive numa remota região do interior da África oriental, é composta por apenas 200 mil pessoas. A sua maioria vive em aldeias penduradas nas escarpas de Bandiagara, a leste do Rio Niger, mas não pode ser classificada como “primitiva”, por que possui um estilo de vida muito complexo.

Os Dogons têm um conhecimento muito preciso do sistema estelar de Sirius e dos seus períodos orbitais. Os sacerdotes Dogons, dizem que sabem desses detalhes, que aparentemente são transmitidos oralmente e de forma secreta, há séculos antes dos astrónomos. 
Para a tribo, toda a criação está vinculada à estrela a que chamam de Po Tolo, que significa “estrela semente”. Esse nome vem da minúscula semente chamada de Fonio, que na botânica é conhecida como Digitaria exilis. Com a diminuta semente, os Dogons referem-se ao início de todas as coisas. De acordo com os Dogons, a criação começou nessa estrela, qualificada pela astronomia como “anã branca”, e que os astrónomos modernos chamam de Sirius B, a companheira menos brilhante de Sirius A, da constelação Cão Maior.

A tribo descreve que as órbitas compartilhadas de Sirius A e de Sirius B formam uma elipse, com Sirius A localizada num dos seus focos: uma ideia que a astronomia ocidental só levou em conta no início do século XVII, quando Johannes Kepler propôs que os corpos celestes se movimentavam em círculos perfeitos.
Os Dogons também dizem que Sirius B demora 50 anos para completar uma órbita em volta de Sirius A, a astronomia moderna estabeleceu que o seu período orbital é de 50,4 anos. 
O que se torna realmente assustador é o conhecimento que dizem ter de um terceiro astro do sistema Sirius, ainda não descoberto pelos astrónomos. Os Dogons chamam a este terceiro corpo de Emme Ya ou “Mulher Sorgo” (um cereal) e dizem que é uma estrela pequena com apenas um planeta na sua órbita, ou um grande planeta com um grande satélite.

Visitantes extraterrestres

Os investigadores afirmam que os conhecimentos do sistema Sirius dos Dogons, possuem milhares de anos de idade e podem ter a seu favor os factos históricos.
Supõe-se que a tribo do Mali descende remotamente dos gregos, que colonizaram a parte da África que actualmente constitui a Líbia. Os gregos “expatriados” poderiam ter adquirido alguns conhecimentos dos seus vizinhos, os antigos egícios.’
A forma como os Dogons adquiriram conhecimentos astronómicos continua sem respostas. No entanto, a tribo africana explica os seus conhecimentos astronómicos do sistema Sirius de uma forma muito simples: os seus antepassados adquiriram-nos de visitantes anfíbios extraterrestres, chamados por eles de “Nommos”, provenientes da estrela Po Tolo (Sirius B). 


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"Nommo" 
O ser peixe que visitou este povo à muitos séculos

As descrições que os Dogons fazem são muito precisas.
Contam que os Nommos chegaram pela primeira vez , do Sistema Sirius, numa nave que girava em grande velocidade quando descia e que fazia um barulho tão forte como o de o rugido do vento. Também dizem que a máquina voadora aterrou como se fosse uma pedra na superfície da água, semeando a terra como se “jorrasse sangue”. Alguns estudiosos dizem que, na língua Dogon, isso se assemelha ao “escape de um foguetão”.
Os Dogons também falam que pode ser interpretado como a “nave mãe” colocada em órbita. Isso não é tão estranho quanto parece: a Apolo ficou em órbita lunar enquanto o módulo descia para fazer a primeira alunagem em Julho de 1969.


Os Dogons acreditam que deuses (Nommos) vieram de um planeta do sistema Sirius, há cinco ou seis mil anos atrás. Na linguagem Dogon, Nommos significa “associado à água... bebendo o essencial”. 
Segundo a lenda, os anfíbios Nommos viviam na água e os Dogons referem-se a eles como “senhores da água”. A arte Dogon, mostra sempre os Nommos parte humanos, parte répteis. Lembram o semideus anfíbio Oannes dos relatos babilónios e o seu equivalente sumério Enki. 


Os textos religiosos de muitos povos antigos referem-se aos pais das suas civilizações como seres procedentes de um lugar diferente da Terra. Colectivamente, isso é interpretado por algumas pessoas como a prova da existência de vida extraterrestre que estabeleceu contacto com o nosso planeta num passado distante.

Pedro Salgado-G.P.U

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Astrônomos descobrem a velocidade em que nosso sistema solar viaja pela galáxia e qual nossa distância do centro galáctico




Utilizando medições precisas de objetos celestes da nossa própria galáxia e seus movimentos, uma equipe de astrônomos liderados pelo professor Mareki Honma, do Observatório Astronômico Nacional do Japão (NAOJ), conseguiu refinar as medidas da distância a que nos encontramos do centro da galáxia, e qual a velocidade com que nos movemos. Estamos a 26.100 anos-luz de distância do centro da galáxia, nos movendo a 240 quilômetros por segundo (km/s). A velocidade encontrada é cerca de 10% maior que o valor anterior calculado, 220km/s, por um fato simples: ela depende da massa da galáxia, e se o valor encontrado é um pouco maior do que o conhecido, isto implica também que há mais matéria escura na galáxia do que se imaginava antes. VERA Os dados foram obtidos a partir do VERA (VLBI Exploration of Radio Astrometry, ou Exploração de Rádio Astrometria VLBI). VLBI significa “Interferometria de Linha de Base Muito Longa”, da sigla do inglês Very Long Baseline Interferometry. Esses laboratório japonês usa triangulação para determinar posição e movimento próprio de objetos celestes, a fim de identificar a estrutura tridimensional da galáxia. A construção do VERA terminou em 2002, e suas medições têm sido obtidas de forma regular desde 2007. Os radiotelescópios com discos de 20 metros usados pelo VERA estão localizados em várias cidades do Japão: Oshu, na prefeitura de Iwate, Satsumasendai na prefeitura de Kagoshima, vila de Ogasawara em Tóquio, e Ishigaki na prefeitura de Okinawa (no Japão, uma prefeitura é um ente público maior que as vilas e cidades, o equivalente a um estado ou província). Triangulação Triangulação é um método geométrico para medir distâncias sem precisar correr uma trena por todo o comprimento do objeto. É um método usado desde que a trigonometria foi inventada, e se baseia na observação de dois pontos em locais diferentes, ou seja, usando a paralaxe. A paralaxe mais simples pode ser obtida esticando o braço e “fazendo pontaria” com um dos olhos, alinhando o polegar e o objeto que se quer medir a distância. A seguir, usa-se o outro olho e observa-se qual a distância que ficou o polegar do alinhamento. Esta distância é usada para fazer o cálculo da distância ao objeto mais distante. No caso da paralaxe usada para medir estrelas na galáxia, a distância entre os olhos não é suficiente, e nem mesmo a distância entre dois lados da Terra. Por isso, é usada a distância entre dois pontos opostos na órbita terrestre, o que dá quase 300 milhões de quilômetros de distância. Mais matéria escura A rotação de uma galáxia é determinada pelo balanço com a gravidade galáctica, de forma que a medição da rotação da galáxia é equivalente a medir a massa galáctica. Quando a massa da Via Láctea na órbita do sistema solar foi medida pela velocidade de rotação galáctica, o total deveria ser maior em não menos do que 20%. Como isso não aconteceu, os cientistas explicam que a quantidade total de matéria escura nesta área deve ser maior do que as projeções feitas até agora estimaram. As medidas anteriores haviam sido confirmadas em 1986 pela União Internacional Astronômica, IAU. Em outras palavras, essa é a primeira atualização desta medida em 26 anos. Os novos valores são R0=8,0 +/- 0,5kpc (quilo-parsec) ou 26.000 anos-luz +/ 1.600 anos-luz para a distância que nos separa do centro galáctico, e Θ0=240 +/- 14 km/s, para a velocidade linear. Apesar do valor da distância não ter sido alterado, o novo valor foi medido com precisão muito maior, e além disso foi confirmado que a velocidade é praticamente constante entre 10.000 e 50.000 anos-luz do centro galáctico.[Science Daily]

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

AS BATERIAS DA MESOPOTÂMIA !

Em 1938, enquanto trabalhava em Khujut Rabu, perto de Bagdá, no Iraque, o arqueólogo alemão, Wilhelm Konig desenterrou uma jarra de barro medindo 13 cm, contendo um cilindro de cobre o qual envolvia uma barra de ferro. Como o vaso apresentava sinais de corrosão, testes revelaram resquícios de elementos ácidos como vinagre ou vinho. Após essa primeira descoberta, vários artefatos semelhantes, datados de cerca de 200 A.C. foram desenterradas no Iraque. Apesar da maioria dos arqueólogos concordarem tratar-se de baterias, há muitas controvérsias de como elas tenham sido concebidas e para quais propósitos foram construídas. Para produzir corrente elétrica, são necessários dois metais com diferentes potenciais elétricos, imersos em uma solução eletrolítica para permitir a mobilidade de elétrons entre os metais. Foram construídas réplicas usando o mesmo esquema, isto é, jarros de barro, um cilindro de cobre envolvendo uma barra de ferro, imersos em vinagre, vinho ou suco de frutas cítricas. O resultado foi a produção de corrente elétrica de até 2 volts. Teoricamente, ligadas em série, essas baterias poderiam gerar correntes de voltagem mais alta. Toda essa situação é bastante incômoda diante das perguntas: - Como uma bateria pode ter sido construída, 1800 anos antes de sua invenção por Alexandre Volta, em 1779 ? - Como obtiveram esse conhecimento ? - Para que as fabricavam ? - Teriam conhecimento teórico dos princípios da eletricidade ou teriam fabricado as baterias devido a descoberta acidental, sem prévio conhecimento teórico ? Especula-se que tenham sido utilizadas com propósitos medicinais, como anestésicos, embora dispusessem de outros meios para o alívio da dor. Outra corrente defende o uso das baterias na cobertura de peças com finíssimas camadas de metais preciosos como prata e ouro. Isso explicaria o fato, também estranho, de se ter encontrado peças antigas, revestidas de prata ou ouro com indícios da aplicação dessa técnica. Existem até aqueles que defendem o uso de tais baterias como meio de produzir efeitos mágicos nos rituais religiosos para impressionar e mistificar os leigos, explicação essa por demais simplória. Qualquer que seja o caso, os artefatos existem e parece haver concordância entre os pesquisadores de que sejam realmente baterias. Assim sendo, teremos que procurar as respostas à luz dos fatos, por mais estranhos e incômodos que sejam.
Fonte:FlogBrasil